A **Acrocomia aculeata**, popularmente conhecida como macaúba, é uma palmeira de porte médio a alto, podendo atingir até 20 metros de altura. Suas folhas são pinadas, com folíolos rígidos e espinhos ao longo do pecíolo, característica que lhe confere o nome “aculeata” (espinhosa). Os frutos são globosos, com cerca de 3 a 5 cm de diâmetro, apresentando uma casca fibrosa e uma polpa oleosa de coloração amarelada. A espécie é dióica, ou seja, possui indivíduos masculinos e femininos separados, e suas inflorescências são grandes e ramificadas, com flores pequenas e aromáticas.
Originária das Américas, a macaúba é encontrada em regiões tropicais e subtropicais, desde o México até o norte da Argentina, incluindo o Brasil, onde é comum no Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. A espécie é altamente adaptável a diferentes condições climáticas e solos, sendo resistente à seca e capaz de prosperar em áreas degradadas. Sua ampla distribuição geográfica e rusticidade a tornam uma planta de grande interesse para reflorestamento e sistemas agroflorestais.
Os frutos da macaúba são ricos em óleo, tanto na polpa quanto na amêndoa, com alto potencial para produção de biodiesel e outros produtos industriais. Além disso, a polpa é fonte de nutrientes como vitamina A, fibras e antioxidantes, enquanto a amêndoa contém proteínas e gorduras saudáveis. A espécie também é utilizada na alimentação humana e animal, além de ter aplicações na medicina tradicional, graças às suas propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes.