O Jaracatiá (Jacaratia spinosa) é uma árvore dióica da família Caricaceae, que pode atingir até 15 metros de altura. Suas folhas são grandes, palmadas e divididas em 5 a 7 lobos, com margens serrilhadas. As flores são unissexuais, com as masculinas dispostas em inflorescências alongadas e as femininas solitárias ou em pequenos grupos. Os frutos são bagas ovóides, de coloração amarela quando maduros, com polpa suculenta e sementes pretas envoltas por um arilo gelatinoso.
Originária da América do Sul, a espécie é encontrada principalmente no Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia, habitando áreas de Mata Atlântica, Cerrado e Chaco. Prefere solos bem drenados e locais com boa incidência solar, sendo comum em bordas de matas e áreas de transição entre biomas. Sua presença é importante para a fauna, pois seus frutos são consumidos por aves e mamíferos, que contribuem para a dispersão das sementes.
Os frutos do Jaracatiá são ricos em vitamina C, fibras e antioxidantes, sendo utilizados na alimentação humana tanto in natura quanto na forma de sucos, geleias e doces. A polpa possui um sabor levemente ácido e refrescante, além de propriedades que auxiliam na digestão e no fortalecimento do sistema imunológico. A espécie também é valorizada na medicina tradicional por suas supostas propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes.